quarta-feira, 13 de junho de 2007

Equidade de Genero


segunda-feira eu estava em uma reunião da Executiva do PT com os parlamentares em que a pauta era o processo eleitoral, focado na lista e no financiamento público de campanhas políticas.
o que mais me impressionou foi o fato de que a sociedade esta realmente à margem de toda esta discussão.
me fez lembrar de um quadro que vi no diretório do curso de História no primeiro semestre da faculdade que dizia que o ignorante era aquele que se dizia inteligente por não gostar de política e não discutir política, mal sabe ele que é um dos principais responsáveis pelo desvio de verbas públicas, pois ele não se interessa mesmo....
a discussão sobre o financiamento público de campanhas políticas foi muito interessante, pois, segundo muitos políticos que tive a honra de escutar (alguns a favor, outros contra, mas estavam presentes os políticos: Genoino, Henrique Fontana, Paulo Pimenta, Eduardo Suplicy, Fátima Cleide, Ideli Salvatti, Serys Slhessarenko, Sibá Machado, Palocci, Iriny Lopes, Marco Maia, Maria do Rosário, Pepe Vargas, e muitos outros que não consegui identificar) , e são argumentos que têm muita lógica, os de que os políticos eleitos são aqueles que conseguem cooptar maior número de empresários (ou os mais ricos), pois são eles que viabilizam a aproximação, através da mídia de massa, com a população. Porém, estes políticos eleitos ficam com seus mandados comprometidos, ao longo de todo o mandado, com os interesses daqueles que tornaram possível a sua eleição.
o financiamento público diminuiria muito isto, visto que o controle é muito mais fácil e os custos diminuiriam devido a serem verbas públicas.
a discussão acirrada era também em relação à lista. esta seria uma lista de candidatos que os eleitores votariam, no caso o eleitor votaria na lista do PT, ou do PMDB ou na do PSDB e assim por diante... e proporcionalmente ao número de votos que o partido receberia seria o número de candidatos eleitos por partido.
uma proposta para a lista que esta sendo defendida por diversas entidades (conselho nacional de mulheres, fórum de mulheres do MERCOSUL, fórum parlamentar feminista....) que teve, inclusive, hoje uma manifestação em frente ao congresso nacional é a da lista ser de um por um. 50% - 50%. a cada homem, uma mulher representada na lista. "nem mais, nem menos, apenas iguais!" diziam as mulheres na manifestação.
uma proposta interessante. visto que temos mais de 52% de mulheres no Brasil e apenas 8% de representação na Camara dos Deputados e 12% no senado.
hoje estava falando sobre isso com um amigo meu e ele me disse: poiseh, mas se fosse assim teríamos que reservar vagas para os negros, para os GLTB's, e assim por diante.....eu digo que quanto mais segmentado e plural....melhor seria, pois do jeito que está eu não me sinto representada pelos parlamentares do meu estado (nem pela câmara, nem pelo senado), quem sabe se fosse mais segmentado as minhas reivindicações e demandas seriam mais facilmente atendidas....
quem sabe??

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