sexta-feira, 28 de março de 2008

Voz e Vilão trucidados

A coisa mais gostosa de fazer em Santa Maria (RS), fora estar com minha mãe e manos, é escutar uma boa mpb numa Voz e Violão. Há meses queria encontrar o "Ponto de Cinema" de Brasília.

Nada. Até encontrei um barzinho ou outro com música boa, mas o ambiente não era aprazível. Ou o ambiente era bacana, mas sem a boa música para os ouvidos.

Ontem nos deparamos com o "Quem Temperou?".
Bom lugar, boa música, boa comida.

Não é que a Polícia bate as 23h30 para acabar com a música? O músico se indignou, com toda razão.
Dizia ele: a trinta anos trabalho com música e nos últimos anos não consigo mais lugar para tocar. Agora mais esta limitação de horário.
E vem o policial: "recebemos três reclamações da 302 sul."
- Dane-se a 302 sul, diz uma cliente - nada contente com o final da noite.

Segundo a dona do restaurante começarão a música mais cedo para cessar às 23h, como manda as novas regras do amado Arruda (mais conhecido como Comigo-ninguém-pode aguentar).

Mas é realmente um absurdo não ter um bar gostoso para virar a noite tomando uma cervejinha e esquecer a frieza e distanciamento entre as pessoas desta cidade.

Gostoso é fechar bar às 6horas da manhã como fazem(os) os gaúchos.
Aqui uma hora da manhã soa o toque de recolher nos bares. Chega a ser piada e a não dar vontade de sair de casa pra acabar a noite às 02 da manhã.

Vergonha!

Se houvesse drogas no local, baixaria, funk (não me contive!) até vá lá.
Mas, trabalhadores, no final de seus expedientes, com seus amigos, conversando e discutindo as mazelas que vivemos no dia-a-dia, não merecem. Não que eu defenda que os funkeiros, drogados e outros mereçam. Longe disso.

Mas não estamos em período de ditadura! Quero ficar na rua até a hora que eu quiser!!!!!e de preferência com uma boa música de Chico Buarque cantada por uma voz melodiosa.

segunda-feira, 17 de março de 2008

POA a um passo!!!!!

Agora só falta recuperar a capital gaúcha!

PARABENS MARIA DO ROSÁRIO!!!!!!!És tu a nossa candidata!

Quero ver mais projetos como o Orçamento Participativo tomarem as ruas, conquistarem a sociedade.
Quero ver cada vez mais as pessoas se apropriarem de espaços de poder e de decisão, através de programas nossos. Nossos porque somos sociedade, nossos porque somos povo.

Quero ver as ruas tomadas de gente. Gente de todas as cores, de todas as raças, de ambos os sexos, de todas as opções sexuais.
Quero ver as avenidas tomadas por todas as bandeiras sociais. Aquelas rasgadas de tantos anos estarem expostas no tempo, na chuva, nas lutas.

Bandeiras vermelhas, bandeiras coloridas, bandeiras roxas.
Quero ver a cidade que criou o Fórum Social Mundial tomada de gente de novo. Lotada de pessoas que sonham em mudar este mundo. Este mundo, que como o Brasil, é repleto de lugares lindos, de belas praias e gente bacana. Mas é recheado de problemas sociais, desigualdades entre classes e crianças passando fome.

Eu acredito que este Brasil tenha jeito. Acredito mesmo. E é por isso que levanto todos os dias com ânimo.
Já vi Porto Alegre com hotéis lotados, com acampamentos transbordando de sonhadores e guerreiros. Debatedores que viravam noites pensando em como transformar este mundo em um OUTRO MUNDO, pois sabemos que UM OUTRO MUNDO É POSSIVEL.

Quero ver a sede disto tudo, capital gaúcha, capital amada do meu Rio Grande do Sul, comandada novamente pelo povo.

Dále Maria do Rosário!!!!!
Estamos contigo!!!!!

terça-feira, 11 de março de 2008

Me Nego


Me nego a tolerar a intimidação
Me nego a aceitar as mentiras e as calúnias
Me nego a agüentar a arrogância
Me nego a ser apática à discriminação
Me nego a deixar de ser mulher
Me nego a não ser sorridente ao menos uma vez ao dia
Me nego a perder meu sotaque gaúcho
Me nego a não lutar por tudo aquilo que acredito
Me nego a consentir as injustiças
Me nego a não ter boa vontade para ajudar alguém
Me nego não ter posição neste mundo
Me nego a não ser fiel aos meus princípios e ideais de vida
Me nego a acreditar em pessoas que uma vez foram falcatruas
Me nego a desistir dos meus sonhos
Me nego a não combater a hipocrisia
Me nego à posição de neutra em qualquer situação
Me nego a acreditar que este Brasil não pode ser uma Grande Pátria
Me nego a não ser reconhecida como brasileira
Me nego não ser apaixonada pela vida
Me nego a não ser alguém que mude as percepções sobre este mundo.

sábado, 1 de março de 2008

El Hambre es un crimen!!

Poderíamos, tranquilamente, traduzir este texto para português e trocar Argentina por Brasil. Excelente!


Ni un Pibe Menos
El Hambre es un crimen. Hay que detenerla. Sí o sí. Porque en nuestro país no faltan ni alimentos, ni platos, ni madres, ni médicos, ni maestros, faltan en cambio la voluntad política, la imaginación institucional, la comprensión cultural y las ganas de construir una sociedad de semejantes que asegure a nuestros hijos las oportunidades vitales para que puedan crecer con dignidad. Es imperativo terminar con un sistema económico -que en la mayoría de los casos- no da hijos sino hambre, que no da futuro sino Paco, que talla caricias olvidadas en cuerpos olvidados.

Niños hermosos nacen a la muerte aunque ya todos sepamos que la infancia es el principal recurso natural no renovable de nuestro país, ya que la mayoría de las capacidades humanas quedan -de alguna manera- determinadas durante los primeros años de vida cuando los niños están haciendo ahora mismo sus huesos, criando su sangre y ensayando sus sentidos.La infancia es por lo tanto la gran oportunidad de la sociedad para mejorarse a sí misma en lo biológico, en lo cultural, en lo económico, incluso en lo político.

La infancia es el terreno más fértil para sembrar inteligencia, trabajo, creatividad, justicia y democracia.Sin embargo, los niños se nos mueren de hambre por decenas cada amanecer. Se nos mueren "acabaditos de nacer" mientras los padres lloran por los días hermosos, cuando la vida era azul.

Sin una infancia sana, amasada y entera es impensable una Argentina mejor. Porque un país que mutila a sus niños es un país que se condena a sí mismo. ¿Cuánto tendrán que andar nuestros hijos pobres, para no morirse de hambre, como goteras vivas que desangra las estrellas?

Entre dolores y silencios hay una calle por donde marchan los niños hacia una primavera que se domicilia en los extremos del viento borrando de los calendarios la contribución de sangre a la acumulación capitalista.Pero nuestros PIBES vencerán porque son el golpe temible de un corazón no resuelto: Con ternura y airosos como alas.

Alberto Morlachetti
Coordinador Nacional
Movimiento Nacional Chicos del Pueblo