quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Oz!!Força, Coragem!


"Escrevo para poder viver. Se não ficaria louco. A palavra alivia a dor da alma."
Palavras do escritor israelense Amós Oz.

Interessante isso.
Também gosto de escrever, assim como gosto de sair a noite.
Sempre digo: se ficar dois finais de semanas seguidos em casa fico louca.

E é um fato mesmo.
São as formas de aliviar a alma.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Sou de Esquerda!

Como endireitar um esquerdista

Ser de esquerda é, desde que essa classificação surgiu na Revolução Francesa, optar pelos pobres, indignar-se frente à exclusão social, inconformar-se com toda forma de injustiça ou, como dizia Bobbio, considerar aberração a desigualdade social. Ser de direita é tolerar injustiças, considerar os imperativos do mercado acima dos direitos humanos, encarar a pobreza como nódoa incurável, julgar que existem pessoas e povos intrinsecamente superiores a outros.

Ser esquerdista – patologia diagnosticada por Lênin como 'doença infantil do comunismo' – é ficar contra o poder burguês até fazer parte dele. O esquerdista é um fundamentalista em causa própria. Encarna todos os esquemas religiosos próprios dos fundamentalistas da fé. Enche a boca de dogmas e venera um líder. Se o líder espirra, ele aplaude; se chora, ele entristece; se muda de opinião, ele rapidinho analisa a conjuntura para tentar demonstrar que na atual correlação de forças...O esquerdista adora as categorias acadêmicas da esquerda, mas iguala-se ao general Figueiredo num ponto: não suporta cheiro de povo. Para ele, povo é aquele substantivo abstrato que só lhe parece concreto na hora de cabalar votos. Então o esquerdista se acerca dos pobres, não preocupado com a situação deles, e sim com um único intuito: angariar votos para si e/ou sua corriola. Passadas as eleições, adeus trouxas, e até o próximo pleito!

Como o esquerdista não tem princípios, apenas interesses, nada mais fácil do que endireitá-lo. Dê-lhe um bom emprego. Não pode ser trabalho, isso que obriga o comum dos mortais a ganhar o pão com sangue, suor e lágrimas. Tem que ser um desses empregos que pagam bom salário e concedem mais direitos que exige deveres. Sobretudo se for no poder público. Pode ser também na iniciativa privada. O importante é que o esquerdista se sinta aquinhoado com um significativo aumento de sua renda pessoal.Isso acontece quando ele é eleito ou nomeado para uma função pública ou assume cargo de chefia numa empresa particular. Imediatamente abaixa a guarda. Nem faz autocrítica. Simplesmente o cheiro do dinheiro, combinado com a função de poder, produz a imbatível alquimia capaz de virar a cabeça do mais retórico dos revolucionários.


Bom salário, função de chefia, mordomias, eis os ingredientes para inebriar o esquerdista em seu itinerário rumo à direita envergonhada – a que age como tal , mas não se assume. Logo, o esquerdista muda de amizades e caprichos. Troca a cachaça pelo vinho importado, a cerveja pelo uísque escocês, o apartamento pelo condomínio fechado, as rodas de bar pelas recepções e festas suntuosas. Se um companheiro dos velhos tempos o procura, ele despista, desconversa, delega o caso à secretária, e à boca pequena se queixa do 'chato'. Agora todos os seus passos são movidos, com precisão cirúrgica, rumo à escalada do poder. Adora conviver com gente importante, empresários, ricaços, latifundiários. Delicia-se com seus agrados e presentes. Sua maior desgraça seria voltar ao que era, desprovido de afagos e salamaleques, cidadão comum em luta pela sobrevivência.


Adeus ideais, utopias, sonhos! Viva o pragmatismo, a política de resultados, a cooptação, as maracutaias operadas com esperteza (embora ocorram acidentes de percurso. Neste caso, o esquerdista conta com o pronto socorro de seus pares: o silêncio obsequioso, o faz de conta de que nada houve, hoje foi você, amanhã pode ser eu...).Lembrei-me dessa caracterização porque, dias atrás, encontrei num evento um antigo companheiro de movimentos populares, cúmplice na luta contra a ditadura. Perguntou se eu ainda mexia com essa 'gente da periferia'. E pontificou: 'Que burrice a sua largar o governo. Lá você poderia fazer muito mais por esse povo'.


Tive vontade de rir diante daquele companheiro que, outrora, faria um Che Guevara sentir-se um pequeno-burguês, tamanho o seu aguerrido fervor revolucionário. Contive-me, para não ser indelicado com aquela figura ridícula, cabelos engomados, trajes finos, sapatos de calçar anjos. Apenas respondi: 'Tornei-me reacionário, fiel aos meus antigos princípios. E prefiro correr o risco de errar com os pobres do que ter a pretensão de acertar sem eles'.

Frei Betto 22-Out-2007. Autor de 'Calendário do Poder' (Rocco), entre outros livros.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Auto-ajuda


Não importa onde você parou!

Em que momento da vida você cansou.

O que importa é que sempre é possível e necessário "recomeçar".

Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo.

É renovar as esperanças da vida e o mais importante...

Acreditar em você de novo.

Sofreu muito neste período? Foi aprendizado...

Chorou muito? Foi limpeza da alma...

Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia...

Sentiu-se só por diversas vezes? É porque fechaste a porta até para os anjos...

Onde você quer chegar? Ir alto? Sonhe alto!!!

Queira o melhor do melhor!

Se pensamos pequeno, Coisas pequenas teremos,

Mas se desejarmos fortemente o melhor e

Principalmente lutarmos pelo melhor;

O melhor vai se instalar em nossa vida.

Porre de Felicidade


Choro, choro sim.....
às vezes por saudade, outras vezes por raiva ou até mesmo por medo, mas jamais por covardia.

Digamos que passei por um dia sensível, bom.....talvez eu seja sensível, mas a realidade que se apresenta a cada dia não me deixa desvestir a farda do BOPE e me mostro cada vez mais guerreira.

Mas, durante o dia que se revelou hoje, me expus da raiva à carência, confesso.

Passados estes momentos, me veio uma frase à mente: "algo muito maior do que possamos perceber está acontecendo". É, talvez seja verdade mesmo. A gente não percebe tudo o que está acontecendo ao nosso redor. Nem mesmo podemos imaginar o que virá mais adiante.

Conversas e mais conversas com minha amiga Emília e ela diz: "Sem autonomia os sonhos, as vontades e os desejos se vão". Puta frase para completar as reflexões deste dia.

Mas elevemos a bandeira que ficará rasgada e gasta pelo tempo, pois, um dia, quando vermos este mundo com o olhar da eternidade ainda poderemos dizer: "quantos porres de felicidade eu tomei!!! e como foi bom tudo que vivi e como fui feliz!"

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Dá até pra fazer um livro daqui uns 4 anos

Às vezes a gente escreve umas porcarias, mas, às vezes, relendo dá um orgulho de ter escrito certos post.

Acho que vou fazer como o Clayton: vou fazer um livro daqui um tempo, em três línguas!
hahahaha

Valores

Em Gorizia (Itália) tem um espaço que se chama "Punto Giovani". É um prédio que possui salas para projetos, auditório, salas para apresentações artísticas, salas de aula equipadas de som, filmadoras, máquinas fotográficas, etc.

O que me impressionava era que tudo que as pessoas encontravam na sala elas deixavam na sala quando fechavam a porta no final das atividades.
Foi ali que ganhei muito do meu pão. Dava aula de capoeira junto a um baiano. Começamos a dar aula incentivados pela falta de grana e pela paixão comum que os dois tinham por esta arte.

As poucas viagens e cidades que conheci dou graças às aulas de capoeira e brasiliano (não, não dava aula de português, dava aula de brasiliano).
Muitas coisas me impressionaram naquela terra. Um local público, "comunitário", onde qualquer pessoa mediante a reserva podia usar o espaço. Como se fosse um Centro Comunitário mesmo. Porém, a diferença era que era tudo novo, limpo, e da forma como se chegava se deixava o lugar.

Algumas festas fazíamos no local, como as nossas....cada um levava um prato ou bebida. Depois combinava-se a hora para a limpeza. Realmente isso é de primeiro mundo mesmo.
O que sei é que aqui, ou ali, no Brasil, não podemos deixar nada de "valor" sem vigiar.

Roubaram minha máquina digital, que tanto demorei a comprar, com um mês de uso, dentro do local de trabalho. Roubaram meu pendrive, comprado em Amsterdam (Holanda), no local de trabalho também, mas em estados diferente, diga-se de passagem. Não importa a marca, quanto custou, muito menos onde foi comprado, o que importa é o fato.

Não venham me dizer que é porque aqui no Brasil as pessoas precisam. Mentira, aqui não há respeito com o que é do outro, é diferente. Aqui quanto mais se pode passar a perna no outro, melhor.
Este é o grande exemplo dos países desenvolvidos será?acho que seria exagero.

Mas quando perdi minha carteira, passaporte, permissão de estadia, dinheiro, e tudo que se possa encontrar na bolsa de uma mulher, em plena cidade de Veneza: me enviaram via correio para casa com tudo, inclusive as moedas!

Duvido que se fosse no Brasil as notas de 10 euros não teriam sumido.
São valores.

Vergonha de ser Brasileira? não, óbvio que não. Vontade de mudar alguns, vários, valores que "temos", isto sim!!

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

É preciso chuva para florir

"Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs,
é preciso o amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder sorrir,
é preciso a chuva para florir."
Tocando em Frente

Ebah!!!!choveu!Desde maio não via chuva assim!

Café só com chocolate


Isto é fato: nunca gostei de fazer café. E para piorar, durante a faculdade tinha uns colegas-malinhas de PP e Jornal que ficavam dizendo que RP servia cafezinho....ficava muito braba quando "soltavam" estas piadinhas sem-graça e sem sentido. Até hoje não sei fazer direito o dito cujo.

Hoje me pego sozinha assessorando uma reunião de prefeitos e, lá pelas tantas, um deles pede um café. Espero que minha cara não tenha denunciado minha insatisfação.
Claro que quando se está trabalhando, não importa o cargo que ocupe, se é preciso carregar caixa, vamos carregar caixa (mas que não sejam pesadas também neh...não vamos exagerar).

Mas lá vou eu na copa servir o tal do café. O que me deixou pensativa foi o fato de não ter uma única mulher na reunião. E a única que estava presente no ambiente estava servindo cafezinho.

Humm....
mulheres, mulheres.....
temos muito o que conquistar ainda.....

O Medo, a Coragem e o Respeito


"me apaixonei, mas tive medo!"

"não gostei de ti na primeira vez que te vi, mas agora te adoro"

Frases típicas sobre a minha pessoa.

Não foi somente uma ou duas vezes que as escutei. Esta semana, casualmente, escutei as duas.

Me fez pensar, como sempre. A primeira, desde que me conheço como mulher, escuto. Digamos que realmente a independência feminina impõe desde respeito a medo. Já perdi vários "amores" por causa do meu jeito ser "diferente" do esperado ou previsto pela sociedade em que vivemos.

Este sábado escutei a primeira frase de uma pessoa que considero muito, que gostei muito, sim, claro que gostei, sempre gosto de quem me envolvo. Mas o fato estranho foi me ligar em plena 3 horas da manhã. Certamente sóbrio não estava. Ninguém acorda com saudades de alguém em plena 3 horas da manhã de um sábado. Mas o fato é: o trem passa e as estações mudam. E ele acabou a conversa com a primeira frase tradicional.

Certa vez um amigo me disse: "tu não é mulher para casar!és muito livre" frase que na primeira impressão me ofendeu. Mas o fato é que realmente nos casamentos, da forma como insistem em se moldar, eu não me enquadro. Quero companheiro?óbvio, quem não o quer. Mas a independência e a vida livre não hão de me podar. É jeito, é alma, é personalidade e isso amor que é amor não poda.

Sobre a segunda frase, muitas amigonas minhas já me presentearam com ela. Talvez eu não seja tão simpática a primeira vista, ou quem sabe santos fortes, até que meçam e respeitem os seus limites, se vigiam.

Quando me amei de verdade!


Charles Chaplin é sempre Charles Chaplin......

"Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.E, então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.

Quando me amei de verdade, pude perceber que a minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra as minhas verdades.Hoje sei que isso é... Autenticidade.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento . Hoje chamo isso de... Amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo,mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é... Respeito.

Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável ... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo.De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama... Amor-próprio.

Quando me amei de verdade, deixei de temer meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é... Simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e, com isso, errei muito menos vezes.Hoje descobri a... Humildade.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o Futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.

Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando eu a coloco a serviço do meu coração,ela se torna uma grande e valiosa aliada. Tudo isso é.... SABER VIVER ! ! ! ! ! ! ! ! ! !

Não devemos ter medo dos confrontos...Até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas."

Charles Chaplin