terça-feira, 31 de julho de 2007

Quero Fulô de Quixabeira

(Praia de Aracaju - SE)


Realmente o privilégio deste mundo é ter amigos! Posso dizer que de norte a sul tenho amigos..

Recebi uma ligação hoje a noite de um amigo muito querido e especial que mora no sertão nordestino brasileiro. Conheci-o quando fui trabalhar, pela Universidade Solidária (Unisol), na cidade pernambuca de Jatobá.

Lá, em 2003, foi o primeiro contato que tive com o poder executivo, pois eu, enquanto Relações Públicas da equipe, era quem fazia o relacionamento da equipe com a prefeitura da cidade. Foi alí, naquele mês de fevereiro, que começou o meu amor pela política propriamente dita.
Na minha vida profissional fui fazendo grandes amigos e, este, amigo-poeta, me traz muita alegria, sempre!
Hoje conversávamos sobre sonhos, principalmente o de mudar e melhorar o mundo e afirmávamos que um dos caminhos é a política feita pelos "bons".

Fulô de quixabeira, segundo ele uma flor rara e bela do sertão, é assim nossa amizade!

Registro aqui minha admiração por amizades como a nossa!verdadeira, eterna!mesmo de longe, conseguimos chorar no ombro um do outro, ser confidentes muitas vezes, admiradores recíprocos das frases do msn e nos damos apoio e força, como só uma verdadeira amizade consegue dar!

Um dia tomaremos muita cerveja no paraíso da praia de Aracaju! Prometido!

31 de julho

Não poderia passar por esta data e não deixar um post sobre o dia 31 de julho, Dia Internacional do Orgasmo (é comemorada a oito anos e foi criada em Londres).

Bueno....por vários motivos, um deles é porquê hoje, às 7h30 da manhã fiz umas três ligações, só para o namorado e para alguns amigos íntimos, para lembrá-los do valioso dia. Foi engraçado, pois de todos tirei risadas ou gargalhadas.

Foi um jeito diferente de dizer Bom Dia!

"Gozações" a parte, acho que a mulher está tendo mais espaço, inclusive para falar sobre sexo e sobre o dito cujo orgasmo.

Não é um assunto bagaceiro não e muito menos pode continuar um tabu.

É tão bom e quem não gosta?

domingo, 29 de julho de 2007

Riscos


Rir é correr o risco de parecer tolo .
Chorar é correr o risco de parecer sentimental.
Estender a mão é correr o risco de se envolver.

Expor seus sentimentos é correr o risco de mostrar seu verdadeiro eu.
Defender seus sonhos e idéias diante da multidão é correr o risco de perder as pessoas
Amar é correr o risco de não ser correspondido.

Viver é correr o risco de morrer.
Confiar é correr o risco de se decepcionar.
Tentar é correr o risco de fracassar.

Mas devemos correr os riscos, porque o maior perigo é não arriscar nada.
Há pessoas que não correm nenhum risco, não fazem nada, não têm nada e não são nada.
Elas podem até evitar sofrimentos e desilusões, mas não conseguem nada, não sentem nada, não mudam, não crescem, não amam, não vivem .

Acorrentadas por suas atitudes, elas viram escravas, privam-se de sua liberdade.
Somente a pessoa que corre riscos é livre !

A companhia perfeita

(Castelo de Gorizia - Itália, saudades!!)


Engraçado!acordei e estava sozinha em casa!e gostei da sensação!apesar de amar a pessoa que mora comigo.

Arrumei a cama, fiz almoço (muito gostoso por sinal!claro que era massa!meu prato preferido!), lavei a roupa da semana (estou realmente prendada!) e almoçando pensava sobre a solidão.

Sempre falei que o meu maior medo é a solidão, medo de um dia me ver sozinha no mundo.

Certa vez cheguei a falar para alguns amigos, em uma mesa de bar, para nunca me deixarem ir a um buteco beber sozinha. Acho triste a cena...ver alguém que bebe sozinho. O ato de beber, pra mim, é reunião com os amigos!se não, não tem censo algum. Claro que nestas reuniões, às vezes, tem assuntos tristes, quem não fala sobre mágoas com os amigos, mas o motivo aí é o ombro-amigo. "Caum, caum", mas, eu nem cerveja nem vinho gosto de beber sozinha..a não ser que esteja na depre meesmo.

Pensando, pensando sobre a vida, comecei a comparar a minha estada em Brasília com o meu intercâmbio na Itália.

Muitas semelhanças, muitas mesmo, como: saudade de casa, independência latente, decisões rápidas e sozinhas e a autoanálise muito, mas muito presente.

Lá sim eu bebia sozinha!Ia para o Castelo, que ficava a uma quadra da minha casa, levava uma garrafa de cerveja ou vinho e bebia sozinha!pensava, pensava muito na vida!

Mas, ainda no almoço de hoje, percebi que gosto da minha companhia. Uma tarde sozinha é gostoso. Acho que eu nunca tinha me dado conta de como gosto de mim e da minha cia.

Que bom!uma bela descoberta!

Diálogo do medo da solidão

No balanço duas crianças brincavam e uma pergunta:
- Me balança??
- Com uma condição!
- Qual?
- Me promete que neste vai-e-vem em todo "Vai" você "Vem"?!?

Eu sempre disse que o maior medo do mundo é a solidão!

sábado, 28 de julho de 2007

Charlie Chaplin


"Bom mesmo é ir à luta com determinação

Abraçar a vida e viver com paixão

Perder com classe e

Vencer com ousadia,

pois o triunfo pertence a quem se atreve

E a vida é muito para ser insignificante"



Charlie Chaplin.

Privilégio é ter amigos


Talvez, se este blog tivesse cinco leitores, haveria um que pensaria que este post fala sobre automotivação, outro sobre autovalorização, outro sobre otimismo, outro que pensaria que é apenas um desabafo, ou ainda que é um post sobre a realidade brasileira vista através do momento que estou passando.
Pois bem, pensem o que pensem...mas na realidade a motivação real foi uma reflexão feita desde quinta-feira passada.
Sou sim uma privilegiada!pensei, pensei e pensei....fiquei muito chateada quando recebi a notícia de que não tinha passado no processo seletivo para uma vaga na assessoria de assuntos internacionais da secretaria geral da presidência da república. Fiquei sim muito aborrecida, pois a expectativa de realizar um sonho é sempre grande. E cheguei perto de realizá-lo. Mas o que me conforta são as reflexões que fiz a partir deste "não".

Certa vez uma amiga minha "flertando"um rapaz, muito bonito por sinal, recebeu um "carão". No final da festa ela disse: "ao menos levei um não de um gato!". Hoje digo: "ao menos o não foi da Presidência da República." Claro, óbvio que sei que virão outros "não" na minha vida, como diz um amigo meu: "Eis a vida adulta!"
Mas quando a gente recebe um não a sensação de incompetência, de ter pouco valor acaba sendo significante, por mais fugaz que seja este momento, ele se faz presente.

Ontem conversamos sobre isso durante uma festa, típica festa de Brasília (numa casa localizada na Quadra do Lago, onde tem mansões maravilhosas, com vista para o Lago Paranoá e com piscina e árvores a sua volta), festa que não era acostumada a frequentar, pois retrata a alta sociedade brasileira, fatia a qual não pertenço.
Nesta conversa percebi que faço sim parte de uma fatia privilegiada da sociedade, classe trabalhadora, graças a Deus, mas uma classe privilegiada. Divagando e divagando com minhas amigas, durante a festa, vieram alguns dados como: apenas 1,7% da população brasileira tem ensino superior completo.

Hoje, por exemplo, matei um pouco da saudade de casa através do webcan. Conversei com minha vó e meus primos através do Skype. Quantos brasileiros será que tem acesso a internet? Segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil, cerca de 54% da população brasileira nunca usou um computador e 67% nunca navegou na internet (o google responde tudo!).

Mas a gente consegue ficar deprê quando não vê apenas o lado bom das coisas. Eu vejo muito as coisas sobre a ótica do otimismo, mas cá entre nós, tem horas que até é gostoso se sentir o último das criaturas. Aí percebemos o quanto é bom ter amigos, e cada um tem o seu jeito de nos motivar: "anime-se!tem coisa melhor pela frente", "lava o rosto que vamos sair pra jantar", ou ainda: "pra mim só ter feito a entrevista lá eu já me sentiria vencedora".
É bom ter amigos, isto sim é um privilégio, mas um privilégio democrático e pertencente a todas as classes sociais.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Prefiro a noite


Prefiro a noite!!!
melhor a noite para trabalhar,
para escrever,
para pensar,
para planejar,
também é melhor a noite para namorar,
para conversar
e para festejar.

"Não basta deixá-las falar!Tem que escutá-las!!!"


Ah Itamaraty, Itamaraty!

Oh lugar sonhado.......


fui ao Itamaraty num Seminário sobre a contribuição da sociedade civil organizada para a integração da União Européia e do Mercosul. "Bem o meu chão" eu diria para poderem realmente me chamar de gaúcha.

Lá estavam representados organizações de toda a europa e mercosul.

Escutei algumas intervenções muito interessantes, algumas "confrontantes" como a de um Bispo* do Cáritas que disse que o Brasil, tendo seus mais de cinco mil e quinhentos municípios, perdia em organização social para a França, que tem mais de trinta e seis mil e seiscentos municípios, alegava que era exatamente por causa da divisão, pois quanto mais dividido mais fácil de se organizar em grupos menores.
Aí então inscreve-se a falar um senhor da Secretaria Geral da Presidência da República e disse "em alto e bom tom" que o Brasil era um exemplo de participação popular. Tão exemplo que foi berço do Fórum Social Mundial, que é a maior manifestação que temos em relação à organização de classe e contribuição para o combate a desigualdades.

Então alfineta um representante do Fórum Brasileiro de Economia Solidária, afirmando que não basta o povo se mobilizar, nem mesmo se organizar em grupos, se nem mesmo os governos ditos populares dão o real espaço a estes, e que não os possibilita realmente interferir nas políticas públicas e até mesmo na integração internacional.

Fala então a Presidenta do Capítulo Brasil do Fórum de Mulheres do Mercosul, Emília Fernandes, que não basta os homens deixarem as mulheres falar, há a necessidade de escutá-las e deixá-las ocupar os seus espaços que por direito temos, tanto no meio público quanto no privado.

* mesmo sabendo o nome exato das pessoas, não os direi para não dizerem que coloquei palavras na boca de ninguém, apesar de estar sendo leal às suas palavras.

Saudades de Santa Maria


(Foto: Reunião das Redes de Economia Solidária da Argentina, Bolívia, Brasil, China, Paraguai, Peru e Uruguai durante a feira)


Estive em Santa Maria e pude participar das experiências exitosas da bela cidade. É verdade que pra lá não pretendo voltar e morar, mas também é verdade que de lá tenho saudades.

Saudades da minha mãe, manos e amigos, que graças ao MSN, Skype e telefone estão sempre presentes no meu dia-a-dia, saudades também dos bares de Santa Maria. Estes sim não tem como matar a saudade de longe ou virtualmente. Em Brasília, apesar de a cidade ser maior e ser a capital Brasileira, não há tantos barzinhos com música ao vivo e uma boa música popular brasileira, bem tocada e cantada, não se encontra tão facilmente e por tão bom preço (saudades do couver de três ou cinco pila).

Mas voltando as experiências santa-marienses, lá, durante uma semana, estiveram europeus e mercosulenses (neologismo e aí??entende-se: pessoas do mercosul) "aprendendo" como se faz participação popular. Vieram de tão longe para aprender com o sub-desenvolvido, melhor dizendo, com o país em desenvolvimento chamado Brasil, como se abre espaço para a sociedade civil organizada.

Depois de uma semana falando e refletindo sobre participação popular, eis que começa a III Feira de Economia Solidária do Mercosul. A cada ano mais linda, maior, e mais entusiasmante, o maior palco da economia popular, social e solidária deu o seu show em 2007.

A cada ano mais organizada e mostrando à sociedade que é possível sim uma outra economia, que a autogestão é viável e que a reorganização dos povos e grupos excluídos da dita sociedade civilizada não é mais uma utopia. E já dizia José Saramago: "Utopia é uma verdade imatura".

Alí estavam grupos realmente excluídos, como índios e trabalhadores de rua (catadores de materiais recicláveis). Também estavam presentes cooperativas e representantes de empreendimentos do mundo todo, assim como autoridades da América Latina, Europa e Ásia. Passaram pelos três dias de feira mais de cento e dez mil pessoas.

Este evento sim me deixa saudades, saudades de estar mergulhada na sua organização. Mas daqui pretendo fomentar ainda mais a vontade da minha querida Irmã Lourdes de fazer um mundo melhor, mais justo e mais solidário!

sábado, 14 de julho de 2007

Emília Fernandes



Brasília tem me proporcionado muitas coisas boas. Uma das mais valiosas é estar convivendo com uma pessoa maravilhosa que é a Emília Fernandes.
Dia 13, sexta-feira, completou um mês que estou morando no mesmo apartamento que a Ex-Senadora e Ex-ministra Emília Fernandes.
Há apenas seis anos que voto, mas desde a época que ela se candidatou ao Senado pela primeira vez, em 1994, eu já admirava, pela televisão, o seu jeito determinado de ser.

É uma mulher de garra, de fibra, e isso ninguém pode negar ou não reconhecer.
Lá do interior do RS, da cidade de Livramento, mais precisamente de Dom Pedrito, surge uma mulher, professora, e que se destaca pela liderança e ousadia.
Foi a primeira Senadora do Estado do Rio Grande do Sul, também foi a primeria Ministra da Secretaria Especial de Políticas Públicas para as Mulheres do Governo Lula.

Durante a sua campanha para Deputada Federal, em 2006, pude acompanhá-la de perto no pleito eleitoral. Quando chego em Brasília fui extremamente bem recebida e acolhida por esta pessoa que tanto admiro.

Um dia conversando com um amigo meu ele disse: "poiseh, a gente vê que eles (se referia a pessoas de renome, reconhecidas, políticos, artistas) são pessoas que nem a gente"
e são mesmo!!!

também chora, também ri, também fala bobagem....também tem problemas simples e problemas que todo mundo tem e que, as vezes, a gente acredita que somente nós possuímos.
Vi este "ídolo" num show de reggae, assim com em um de tango. Vi caminhando num parque público da cidade e tomando um chopp com as amigas.

E esta convivência tem me feito admirar ainda mais este ser.
É destes políticos que o Brasil precisa. E porque não são valorizados como deveriam?
tem tantos falcatruas neste mundo da política (e não só no da política, obviamente) e que o povo dá valor, considera e vota, e isto às vezes me dá vergonha de ser brasileira.
Mas aí a gente conhece de perto pessoas como a Emília e começa a acreditar que este mundo ainda tem jeito sim. Basta que a gente comece a dar mais espaço para quem realmente quer ver este mundo diferente e melhor, pessoas que gostam de trabalhar e tem uma história idônea, ética e correta.