Participei esta semana da reunião de avaliação da Campanha de 2007 e de planejamento da Campanha de 2008 dos 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher.
Se repararmos nos dados, nos damos conta que realmente temos que fazer uma mobilização ampliada pelo fim da violência contra as mulheres.
No Brasil a cada 15 segundos uma mulher é agredida. Segundo a Sociedade Mundial de Vitimologia (ligada à ONU), que pesquisou a violência doméstica com 138 mil mulheres de 54 países, o Brasil é o país que mais sofre com a violência doméstica: 23% das mulheres brasileiras estão sujeitas a este tipo de agressão. Sendo, este, um fenômeno universal, pois atinge indistintamente mulheres de todas as classes sociais, etnias, religiões e culturas.
Apesar de estar na Consituição Brasileira, no artigo 5, que todos os homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, vivemos em uma sociedade extremamente machista. Desde autoridades, gestores públicos até os nossos professores, colegas e familiares. Temos que ter presente que as mulheres são sujeitos de direito e que a matriz da violência é o preconceito, o machismo e o racismo.
Por isso que para tal enfrentamento eu só acredito mesmo em soma de esforços. Numa mobilização conjunta entre a sociedade civil organizada, movimentos sociais e governos de todas as esferas para que transformações sociais realmente sejam possíveis, e principalmente a mais profunda e difícil: a cultural.
Pelas palavras da Ex-Ministra da Secretaria Especial de Políticas Públicas para as Mulheres Emíla Fernandes: "Temos que comprar a briga das mulheres, e dizer: "Mexeu com ela, mexeu comigo!""
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