Uma pesquisa realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) revela que os moradores de rua não é composta por "mendigos" e "pedintes". De acordo com a pesquisa, apenas 16% dessas pessoas pedem dinheiro para sobreviver. 59% afirmaram ter profissão, principalmente relacionada à construção civil, ao comércio, ao trabalhado doméstico e ao serviço de mecânica. Dos entrevistados, 48% disseram que nunca tiveram a carteira de trabalho assinada.
Quanto aos vínculos familiares, o estudo também traz uma surpreendente informação: 52% dos entrevistados declararam que têm algum parente na cidade onde vivem. Destes, 34% mantêm contatos freqüentes com a família e 39% classificam como boa essa relação. Foi detectado também que 46% sempre viveram no município em que moram atualmente.
O levantamento identificou uma predominância masculina (82%) entre as pessoas que vivem na rua. A maior parte, 53%, entre 25 e 44 anos, sendo que 30% se declararam negros, índice bem acima da média nacional, que é de 6,2%. Já o percentual dos que se consideram brancos é de 29,5% (54% entre o conjunto dos brasileiros).
Em relação à freqüência à escola, o levantamento mostra que 95% não estudam atualmente. Do universo pesquisado, 74% sabem ler e escrever, mas 63,5% não concluíram o ensino fundamental. A renda, na maioria dos casos, varia de R$ 20 a R$ 80 semanais.
Os problemas causados pelo alcoolismo e as drogas são apontados por 35,5% dos entrevistados como o principal motivo para passar a viver na rua. O desemprego, com 30% das citações, e os conflitos familiares, com 29%, compõem o quadro de razões que os levam a viver nas ruas.
Segundo o MDS essa é a primeira iniciativa nacional de identificação dos problemas e das dificuldades da população que vive em situação de rua e que, com base nos resultados da pesquisa, pretem aprimorar a proposta de política nacional voltada para esse público, articulando ações juntamente com outros ministérios.
Fonte: Assessoria de Comunicação
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